Considerações sobre RiR

pois é, faz já algum tempo que terminou o rock in rio e eu como pseudo-blogueiro acompanhei o festival, e posso fazer e tirei algumas conclusões sobre algumas coisas que vi.

1. A variedade de shows e estilos musicais

Eu estaria sendo hipócrita(musicalmente falando) e burro se dissesse que o rock in rio deveria ter só um gênero/estilo musical apenas durante toda a semana de shows, até porque se fizessem isso, tenho certeza que o festival seria um fracasso de público, pois seria muito caro para a maioria das pessoas irem todos os dias ao festival (tanto por causo do ingresso/transporte/estadia/alimentação), e isso faria com que o publico caísse progressivamente durante cada dia do festival.
O rock in rio teve shows que na minha opinião foram desnecessários (vide Kesha e outros), que tiraram um pouco o brilho do festival, que poderia ter um setlist muito melhor se baseasse a escolha dos artistas nos sub-gêneros e gêneros relacionados ao rock (vide metal,jazz,blues,funk,folk,prog,hard rock, etc.), dessa forma o festival manteria a coesão musical, e faria jus ao nome que carrega, porém é compreensível a criação do dia pop, para atrair  o publico menos, digamos “hardcore” no que diz respeito a gostos e estilos musicais.

2. Tendas alternativas

Esse ano o RiR teve algumas bandas relativamente boas tocando no palco sunset, algumas, boas até demais para um mero palco alternativo (vide angra que cá entre nós, é uma banda grande demais para tocar em um palco secundário), contudo a ideia de fazer shows com um estilo mais jam é realmente muito inteligente e elogiável, porém acho que algumas bandas brasileiras, em especial de rock instrumental, poderiam ter sido relacionadas para o festival, como Pata de elefante(blues rock instrumental), hurtmold (jazz/math rock instrumental), macaco bong (prog rock instrumental), vale ressaltar que o cenário musical do Brasil, no quesito rock/afins, apesar de muito underground e mal divulgado, tem bandas muito valor e qualidade, e se seguindo essa proposta de fazer uma “salada musical” podem obter um resultado muito interessante ou não.

3. Organização

Pois bem, esse é um tópico interessante a ser discutido, eu, que assisti pela TV, e que moro a milhares de quilômetros do local do evento, não sei precisar como estava a organização do RiR, porém durante a cobertura do evento, tive a impressão de um festival bem organizado, porém, na internet há relatos de vários problemas que ocorreram durante o festival, como atrasos no transporte que foi disponibilizado, demora na fila para compra de lanches e problemas com a segurança, há relatos inclusive, da ocorrência de um arrastão durante um show, além dos vários furtos que aconteceram, vale lembrar também os problemas inúmeros problemas no som do festival , que ocorreram, tanto nos shows ao vivo (tendo como exemplo mais notável a guitarra do Kirk durante o show do metallica), e pelo péssimo e porco tratamento dado ao som pela Multishow e Globo (leia-se aqui Rede Globosta sat), que passaram a impressão ruim de vários shows. Porém há também vários elogios da empresa ao festival, como a grama sintética que foi usada em frente ao palco mundo, que mesmo nos dias de chuva evitou o tradicional lamaçal que se forma em frente ao(s) palcos, também a ideia da roda gigante, que dá outra alternativa de entretenimento durante a espera pelos shows.

4. Conclusão

O Rock In Rio, tem uma proposta interessantíssima que é a de trazer grandes internacionais e nacionais atrações para o público brasileiro, e vem ganhando grande notoriedade entre os grandes festivais do mundo, porém o festival continua a ter uma organização “brasileira”, ineficiente, e ainda um pouco desorganizada, oque é compreensível pelo porte do festival, e por ser o retorno do mesmo ao Brasil, porém já com a edição 2013 confirmada, essa desorganização já não será mais admissível, oque seria admissível, e muito positivo, é que se o festival de Rock in Rio se tornasse mais Rock, pois sem o bom e velho rock’n’roll o festival estaria fugindo de suas origens.