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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O oportunista

Isso mesmo, digam olá para o oportunista, cá estou, na iminência de curvar-me a quem deveria me servir, porém só agora vou reclamar?
Sim
Deprimente meus caros, deprimente é ver a inversão de papéis pela qual muitos jovens como eu tem que obrigatoriamente se submeter nessa época CAPITAL de nossas existências; onde a maioria de nós tem a oportunidade de ter seu caminho tangenciado por uma instituição, parte integrante do estado, que deveria selecionar pessoas com interesse em servi-lá, pessoas que necessitassem, eventualmente, de um caminho a seguir, de um rumo a trilhar. Mas não, o estado, com suas mãos de FERRO continua a impor a TODOS seus cidadãos de apenas um sexo (o masculino nesse caso) essa necessidade sexista, perversa e RIDÍCULA de submeterem sua privacidade, sua liberdade de escolha e seu próprio caminho a uma seleção que é, em seu âmago, um exercício mero de futilidade e de perversidade, onde somos entregues de bandeja,  para uma seleção onde o estado pode colocar o futuro de seus donos, seus DIGNATÁRIOS, em xeque, em detrimento de seus interesses que, deveriam estar em uníssono com o CLAMOR popular pela liberdade de escolha, necessária em um estado verdadeiramente democrático, onde a minha, a sua enfim a nossa liberdade de escolher para onde podemos ir não seja EXECRADA por qualquer instituição, seja ela pública ou privada.
Não sou contra as instituições públicas, nem privadas, longe disso meus caros. Porém assusta-me a ideia de que eu seja OBRIGADO em pleno século XXI por qualquer órgão ou poder a abrir mão durante um período considerável de tempo do GOZO de minha liberdade, garantida constitucionalmente, em detrimento de quaisquer instituição, e pior, ter que executar um serviço contra minha vontade em troca de uma remuneração não acordada entre as partes, mas sim dada como um atenuante, como uma espécie de moeda de troca pela minha liberdade e por minha força de trabalho, essa, sendo usada para fins que eu eventualmente NÃO CONCORDE. Porque desviar as pessoas de seus caminhos, se existem pessoas dispostas a fazer esses serviços, com determinação, vontade e GÁUDIO. Porque tentar impor uma ideologia a pessoas que já tem a sua(s) próprias e que não querem e que, acima de tudo, não precisam ser submetidas ao discurso que em minha visão é ultrapassado e ufanista em excesso, que tenta aglutinar as pessoas em torno de um ideal artificial e que na verdade, nunca existiu, assim como todo o sentimento nacionalista, estadista ou aglutinador*, não senhores, eu não preciso disso, eu não quero isso e acho, que aqueles que não querem NÃO PODEM, de forma alguma ser FORÇADOS a servirem ao exército brasileiro, por melhor que seja a sua função e por mais essencial que esse seja (oque é discutivel, uma vez que existem várias visões sobre esses tipos de instituições) não pode e não deve tirar as pessoas de seus caminhos, mas sim OFERECER para aqueles que desejam, um NOVO caminho, tornando assim, a instituição em uma instituição que respeita os preceitos democráticos que regem a vida moderna.
Escrever nessa época de minha vida me torna um oportunista, sim, mas a oportunidade não altera a força (ou fraqueza) de meus argumentos, por isso não vejo o oportunismo como algo negativo, mas sim apenas como a ação, sem nenhum julgamento, sobre nunhum preceito moral, logo, ser oportunista, não invalida meu argumento, muito menos tira sua credibilidade, é portanto, apenas a circunstancia sobre a qual escrevo esse texto.
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*Sobre o discurso nacionalista, o ufanismo escreverei em um post próximo.

Saudações Fraternas.

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