Correntes e cadeados

Todos tem as suas, algumas mais frouxas e com a chave disponível, outras mais apertadas e sem chave, oque importa é saber que invariavelmente, sempre algo nos prende, algo que de certa forma nos impõe limites, mas nos da “chão” para uma evolução, com certeza mais lenta, mas talvez de forma mais consciente, ou talvez não, mas isso varia de pessoas para pessoa.
Acredito que o caráter de um ser se forma a partir da criação e dos valores que lhe são passados no inicio da vida, porém também acredito que o meio talha e modifica esses valores em prol da sobrevivência, da adaptação e da sociabilidade, que são caracteristicas circunstanciais que criam e alteram o pensamento das pessoas, e as adaptam para uma vida na sociedade, sociedade que altera o rumo de nossas vidas, mais, nos acorrenta como um cachorro, e nos prende atrás de um portão cujo nós não temos a capacidade de abrir.
Todos somos vitimas de nosso meio social, seja ela restrito, pequeno, ou muito vasto, isso é relativo, oque importa é que sofremos com os efeitos e desdobramentos que acontecem nos círculos sociais, todos também temos restrições que são impostas pelas circunstancias criadas nos campos sociais, os acontecimentos, sejam eles de qualquer dimensão.
Vale lembrar que não existe evolução sem campos sociais, pois a evolução vem da interação e sem ela não existe. Sem ela você não tem limites, mas também não tem meios de aproveitar as vantagens de não se ter limites, pois tudo oque você aprende sem convívio social, não passa de métodos de sobrevivência, e sobrevivência nada mais é que instinto, e instinto não se aprende, se tem logo a mente se atrofia e os velhos e ultrapassados instintos voltam a tornar o ser humano um animal social, que tem sua vida e a sobrevivência da espécie dificultadas, visto que a convivência em grupos é notoriamente um instrumento perpetuador de espécies dos mais diferentes tipos. Logo para a raça humana seria mais fácil se manter em grupos sociais desenvolvidos do que sobreviver individualmente. Logo chego a conclusão que o grande dom do ser humano não é sua capacidade de pensar, mas sua capacidade de se relacionar e de aprender com os relacionamentos, seja de qual nível forem dos relacionamentos.
O cérebro só ajuda o ser humano a discernir e crescer com suas interações. O cérebro essencialmente nos ajuda a crescer, nos possibilita crescer, ele não trás consigo a evolução ele simplesmente acha ao nosso redor forças que se agregam a nossas formação e experiências e formam tudo oque nós conhecemos como ser humano.
Logo chega-se a lógica conclusão que o ser humano tem como fator limitante a sua capacidade a sociedade em geral, mas sem ela a capacidade por maior que fosse seria suprimida pelos instinto fazendo de nós meros animais, portanto é melhor ser um ser limitado em sua capacidade um pouco limitada do que ter toda a capacidade do universo e ver essa ser suprimida por meros instintos, pois a capacidades podem ser limitadas, oque não pode e não é limitada é a criatividade inerente a raça humana.